O IntercâmbioEu Amo este País - Parte 2 - O Inglês é uma...

Eu Amo este País – Parte 2 – O Inglês é uma Língua de Sons

Há muito tempo atrás uma professora nos disse a famosa frase: “O inglês é uma língua de sons”, demonstrando como se emitia um som que vinha da garganta: “runnnnnn”… Em outra ocasião, determinada professora me corrigiu ao ver a minha pronúncia da palavra “love”. Ela me disse assim: “Quem fala “lóve” desse jeito, com a pronúncia aberta, é o Claudinho da dupla Claudinho & Buchecha que cantavam, na época, a música “Só Love, Só Love”… Para piorar, tem um famoso jogador de futebol, Vagner Love, cujo apelido “Love” a mídia fala “Lóvi”, a torto e a direito! Disseminando ainda mais o erro! E na minha cabeça, praticamente ficava a tal lição de que “I love you” tem que pronunciar  “Ai lâv iú”.

O “Love” é muito apreciado, mas de forma totalmente equivocada.

Só fui entender que o inglês é uma língua de sons, quando ouvi o primeiro karaokê, em um pub chamado “Old Dog and Partridge”, localizado bem no centrão de Nothingham, muito freqüentado pela turma com mais de 70 anos. Foi lá que ficamos sentados, boquiabertos, ouvindo as canções dos anos 60 e 70, muito apreciadas pelos “Sirs” e “Ladies” do pub. Aqui o karaokê (que é um hobby de origem japonesa no qual as pessoas cantam acompanhando versões instrumentais de músicas famosas), mais parece com um show de música ao vivo ou com a reprodução de uma música original que toca no rádio, simplesmente porque as pessoas cantam com o idioma original.

Foi lá que ouvimos pela primeira vez em inglês original uma de nossas músicas preferidas “You’ve Got A Friend”… E o público inteiro cantando: “When you’re down and troubledand you need a helping handand nothing, ooh, nothing is going right. Close your eyes and think of meand soon I will be thereto brighten up even your darkest nights” lá lá lá…

Outro dia, passamos pelo “Pub New Market”, logo adiante do “Old Dog and Partridge”, e ficamos enlouquecidos com o clima de discoteca do local. Desde às seis horas da tarde já tem um povo bebendo e dançando, uma loucura. Todas às segundas-feiras, após às cinco horas, tem início o maior karaokê “profissional” dos últimos tempos. Ficamos lá, ouvindo e apreciando o povo disputando o microfone e aí ficamos pensando: “Bah, nunca mais vamos ser os mesmos, não vai ser qualquer cantorzinho que vamos engolir cantando em inglês”. Foi lá que ouvimos de um casal a melhor versão da música do Rod Steward “The Way You Look Tonight”…

Mas o máximo é a performance dos frequentadores cantores. Tem alguns que vão vestidos como seus ídolos com roupa de paetê e o corte de cabelo semelhante. E o melhor mesmo é o público (a maioria são mulheres) que dão gritinhos, saem dançando e até algumas se arriscam a fazer uma massagem no ombro dos seus “ídolos”…

E nós apreciando tudo isto, um pouco dessa língua de sons. Ah, outro dia fomos no “Pub Golden Fleece”, um estabelecimento tradicional que serve uma das mais saborosas cervejas de trigo da cidade, a “Blue Moom”. Foi lá que ficamos extasiados com a performance de um Sir, que teve a coragem de cantar uma música com duas vozes (fina e grossa), totalmente afinadas. Para cantar na segunda voz, tem que ter um “feeling” apurado e muita prática. Ficamos apreciando, boquiabertos pela qualidade, e aí pensamos juntos: “Ainda bem que o Roberto Carlos, nunca cantou suas músicas na versão em inglês”…

Festival 2017 – Nottingham Robin Hood Beer & Cider, no Castelo de Nottingham.

Na realidade, ouvir o som das vozes cantando em inglês é tão agradável que se tem a impressão de que encontramos uma “Adele” ou um “James Taylor” em cada esquina das cidades da Inglaterra. E não estamos falando de semelhança física, mas, sim, da percepção de quem ouve a população local cantando. Os artistas de rua, quando cantam no inglês nativo, são ótimos.

Ocorre que, quando se misturam a melodia, que é o som da música em si, e os sons da própria letra da composição em inglês, que é um idioma de sons, o que nós chamamos comumente de música (melodia e letra) fica harmonioso e bonito demais.

 

Por tudo isso, reportamo-nos a este nosso blog ao post intitulado: “Eu Amo este País – Parte 1 – os Ônibus”, para dizer que ouvimos esta frase durante um passeio pelos EUA em 1999, e que ficou nas nossas lembranças até hoje, no sentido de salientar o quanto é bom viver em um país de Primeiro Mundo onde praticamente tudo funciona muito bem, um local que é agradável e bonito, onde as pessoas têm educação, são honestas, respeitam as demais, sentem-se seguras, dentre vários outros fatores positivos que um país como a Inglaterra oferece aos seus cidadãos.

Últimas postagens

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

error: O conteúdo está protegido !!