Saímos de Dusseldorf em direção a Aachen, de trem, e a viagem levou uma 1 hora e meia. Valeu a viagem pela paisagem que se vislumbrava a partir do trem. Ao chegar à cidade ficamos encantados com a Estação Central. Chegamos ansiosos para encontrar o centro histórico, onde estavam situados os melhores atrativos, mas ficamos um tanto perdidos e tivemos que fazer aquela caminhada, até achar o local.
A escolha deste destino se deu em função de ser uma cidade histórica, selecionada pelo Imperador Carlos Magno por se tratar de uma Estância de Águas Termais. Também foi escolhida por ele para ser a capital do Sacro Império Romano-Germânico. É o legítimo passeio de bate e volta que vale a pena fazer, pela facilidade de deslocamento.
Nossa primeira parada foi na Catedral de Aachen, que foi construída por Carlos Magno e onde até hoje se encontram os seus restos mortais. Segundo dados históricos a Catedral foi construída em 790 e Carlos Magno foi sepultado lá em 814. É a mais antiga catedral do norte da Europa e no século XVI foi o local de coroamento dos imperadores do Sacro Império Romano. A Catedral tem arquitetura gótica mesclada com a barroca, além de detalhes da arquitetura cristã. A Catedral é o símbolo da cidade e, próxima dela, está concentrado todo o comércio. Quando Carlos Magno tornou o município o centro do seu Império, por volta do ano de 800, ele pretendia que a cidade se tornasse uma nova Roma, devido ao clima e a posição geográfica da mesma.
Aachen foi, de todas as cidades da Europa, a mais habitada e visitada por imperadores, reis e estadistas. A catedral é hoje o resultado de modificações e acréscimos feitos ao longo dos séculos. Não cobram ingresso para visitar a Catedral de Aachen, mas, por outro lado, se você ficar muito tempo fotografando o Túmulo de Carlos Magno dentro da igreja, tem um funcionário da Catedral que bate no seu ombro e cobra um euro.
As relíquias da Catedral de Aachen são consideradas como um dos tesouros eclesiásticos mais importantes e valiosos do norte da Europa. A cripta da catedral contém a Cruz de Lothar (990), feita de ouro e incrustada com pedras preciosas; a Casula de veludo azul escuro com pérolas bordadas; um busto-relicário de Carlos Magno feito de prata e ouro; e um sarcófago de mármore decorado com um relevo do rapto de Prosérpina, que contém o corpo de Carlos Magno.
Estivemos visitando a Rathaus Aachen (City Hall), um prédio medieval em estilo gótico, situado na parte histórica da cidade. No entorno tem a praça de Krämerstrasse, um lugar agradabilíssimo para sentar e admirar, e onde também ficam alguns restaurantes, lojas, etc.
Fomos a Elisenbrunnen, um prédio histórico de onde emanam duas fontes de água sulfurosa e termal, e que dá acesso a um amplo jardim na rua paralela. Aqueles que desconhecem ou não estão habituados com a água sulfurosa, sentirão um odor forte e desagradável no ar. É um edifício neoclássico construído por renomados arquitetos da época e que desde 1819 funciona como um SPA de águas termais. Em 1828 foi construído o busto da Princesa Elisabeth Ludovika da Baviera (Elise), que é a filha do Rei Maximilian I, com mármore oriundo de Carrara, e em 1832 foi feita a rotunda. O edifício foi quase completamente destruído durante a Segunda Guerra Mundial. É uma das atrações turísticas de Aachen, já que a cidade tem inúmeras nascentes termais.
Na sequência passamos pelo Kreislauf des Geldes (círculo do dinheiro). A cidade de Aachen possui um grande número de fontes e estátuas e a do círculo do dinheiro é muito interessante Esta também possui água termal e o movimento é para a esquerda, no sentido anti-horário. As figuras em seu entorno representam: a avareza, a cobiça, o clientelismo e a mendicância.
Passamos por diversas lojinhas e padarias que vendiam o famoso “pão de mel”, uma gostosura típica da cidade.
Não fomos até a fábrica de chocolates Lindt, mas visitamos uma loja do fabricante que havia no centro da cidade. Além disso, fomos até uma padaria situada ao lado da Catedral para provar doces e chocolates deliciosos.
Ao final do dia retornamos para a cidade onde estávamos hospedados. No dia seguinte tínhamos de fazer o último roteiro de trem pela Alemanha, de Dusseldorf até Munique.
Para os amantes da história mundial podemos dizer que Aachen foi uma bela escolha e que vale muito a pena visitar a cidade.