As ViagensBerlim, a Eficiência e a Praticidade Andando Juntas

Berlim, a Eficiência e a Praticidade Andando Juntas

Confesso que estávamos apreensivos com a nossa visita a Berlim. Durante o trajeto de 1h45min de trem, de Hamburgo até Berlim, segunda cidade a ser visitada na Alemanha, rememoramos as passagens históricas das duas Guerras Mundiais. Mas a experiência na cidade foi completamente diferente do que pensamos, foi agradabilíssima. Já na chegada se fica impressionado com a beleza e a modernidade da Estação Central de Berlim chamada de Hauptbahnhof (tente pronunciar hehe).

Estação Central de Berlim, a mais moderna da Europa.

A Estação tem 70 mil m2 e mais de 1200 trens passam diariamente por lá. Com isso, já se tem uma idéia da potência econômica que é a Alemanha, pois a cada 10 minutos se vê um trem circulando e com alta rotatividade de pessoas. A empresa estatal que controla os trens na Alemanha se chama DB (Deutsche Bahn) e possui em torno de 500 funcionários para atender toda a demanda. Logo se percebe a eficiência e a praticidade andando juntas. Este aspecto representa muito bem a Alemanha.

A eficiência e a praticidade andando juntas, isto é Berlim.

Ficamos hospedados em uma área de diversos hotéis e pontos turísticos, no Ibis Budget da Alexanderplatz, bem próximo a uma das estações do metrô. Já no primeiro dia compramos os tickets de transporte nas máquinas automáticas que são encontradas nas estações de metrô e de S-Bahn. Pagamos o valor de 30 euros por pessoa para andar 3 dias por 4 tipos de transporte público: U-Bahh (metrô ou trem de superfície), S-Bahn (trem de superfície que leva a locais mais afastados do centro), Bonde Elétrico (tram), ônibus, além de ter descontos nos principais museus e pontos turísticos da cidade (Berlin Welcome Card). Acabamos não usando somente o trem antigo de superfície, mas o restante foi um pouco de cada, principalmente o metrô, além do tram e do ônibus.

O sistema integrado entre metrô, trem de superfície, tram e ônibus funciona que nem um relógio.

Para facilitar os passeios pela cidade compramos um ticket usando o ônibus especial chamado “Hop On Hop Off” (Berlin City Sightseeing), que foi a maneira mais fácil de ver os principais pontos turísticos por toda a cidade de Berlim “sem perder as pernas”. Consiste em nada mais, nada menos, do que um City Tour em um ônibus de dois andares. Pagamos 17 euros por 24 horas de passeio nesse ônibus turístico, que deixa as pessoas para conhecer os locais e a cada meia hora passa de novo para levar até onde quiser descer. Assim, é possível subir e descer quantas vezes quiser nos principais pontos turísticos para visitação e fotos. Após 3 dias circulando intensamente, descobrimos que o deslocamento pelos principais pontos turísticos é relativamente fácil, mas alguns necessitam de ônibus, com certeza, porque a cidade é grande.

A cidade conduz com maestria o momento histórico com o atual (em todas as áreas).

Quando se chega a Berlim, a primeira coisa que se tem em mente é visitar o famoso Muro de Berlim (muita gente pensa que o muro fica em um lugar somente), mas não, em várias partes da cidade é possível ver pedaços do muro. Começamos com o mais famoso, aquele localizado na frente do prédio da Sony Center (Potsdamer Platz).

O Muro de Berlim durou 28 anos.

Neste local se vê a imponência da Alemanha moderna e foi ali o nosso primeiro contato com uma das partes do Muro de Berlim. Consistiu em uma barreira física, construída pela Alemanha Oriental para separar Berlim Oriental (comunista) da Berlim Ocidental (não comunista). Começou a ser construído em 13 de agosto de 1961, passou por modificações até os anos 1980 e foi derrubado em 1989. As marcas deste período histórico conturbado estão por todos os lados. Esta parte de Berlim se chama Potsdamer Platz e é onde se encontra o famoso prédio da Sony Center, um complexo com lojas, restaurantes, escritórios, sofisticados flats e cinemas, incluindo o IMAX.

Sony Center, um complexo com lojas, restaurantes, escritórios, sofisticados flats e cinemas, incluindo o IMAX.

Muito próximo dali, fomos visitar o Portão de Brandemburg. Só para se ter uma idéia da importância deste atrativo, durante a divisão da cidade através do muro, entre 1961 e 1989, o Portão de Brandemburg era inacessível a qualquer cidadão comum. O Muro de Berlim passava por trás dele, separando-o do Tiergarten, e ao redor havia várias torres de vigilância e soldados da Alemanha Oriental bloqueando o portão.

99,9% dos visitantes de Berlim passam pelo Portão de Brandemburg.

O portão só podia ser apreciado de longe, e virou símbolo da divisão da cidade. Hoje, ele representa a união entre o oriente e o ocidente da cidade. Digamos que é o ponto alto de Berlim, até porque 99,9% das pessoas que visitam a cidade circulam por lá. Sem contar que nas comemorações do país como a Festa de Reveillon, Copas do Mundo e outras festividades, sempre aparece o portão como símbolo. O difícil é tirar uma foto decente no local, pois sempre tem muitos guias, turistas e camelôs vendendo bugigangas, o que tira um pouco o sossego do lugar.

Atravessando o Portão de Brandemburgo, há a área onde estão localizadas as Embaixadas de diversos países. Na época havia ocorrido um atentado terrorista em Barcelona e a Polícia de Berlim (e de toda a Europa) estava em alerta. Há interruptores de trânsito retráteis similares (e mais grossos) aos que tem na Ponte Golden Gate em São Francisco, EUA, e esses servem para interromper o tráfego de veículos ao simples acionar de um controle remoto.

Check Point Charlie era um posto controlado pelos EUA no tempo do muro.

Saindo dali fomos conhecer o Check Point Charlie, um lugar de suma importância no contexto histórico da cidade, mas que hoje praticamente é uma reprodução teatral voltada para o turismo. O Check Point Charlie tem esse nome por causa da letra C (Charlie) do alfabeto fonético, os outros postos eram o A (Alpha) e B (Bravo). Depois da construção do Muro de Berlim esse era o posto mais importante e movimentado de todos. Era a fronteira entre o setor soviético comunista oriental (controlado pela antiga URSS) e a parte ocidental (controlada pelos EUA, UK e França). O Check Point Charlie era uma espécie de posto militar que controlava os alemães orientais que tentavam a todo custo fugir para lado ocidental de Berlim.

O Check Point Charlie foi removido em 1990.

Muitos cidadãos eram abatidos por soldados soviéticos a apenas alguns metros da liberdade. Com a queda do Muro de Berlim em 9 de novembro de 1989, o Check Point Charlie foi aberto para quem quisesse passar de um lado para o outro, sendo totalmente removido em junho de 1990. Atualmente, no lugar em que existiu o Check Point Charlie, foi colocada uma réplica da primeira cabine, exatamente como era no cruzamento das Ruas Friedrichstrasse com a Zimmerstrasse e Mauerstrasse. No local há atores fantasiados de militares americanos onde os turistas pagam para tirar fotos e dar muita risada. Tem um museu próximo, muito pequeno, mas não deu tempo de ir, apenas no pátio do mesmo, onde tem pedaços do muro. Porém, Berlim é um Museu a Céu Aberto e tem muitas informações gratuitas por toda a parte. Foi bem próximo ao Check Point Charlie, que almoçamos na Casa Itália, o melhor buffet de comida italiana da cidade, ao preço total de 32,40 euros o casal, incluindo a cerveja!!!

Perto do Check Point Charlie tem outros pontos que mostram partes do muro.

Circulando por Berlim visitamos a Topografia do Terror, museu localizado na Sede da antiga Gestapo, que era a Polícia Secreta Nazista, encarregada da segurança e da espionagem alemã. Na parte externa tem o terreno com as ruínas que abrigavam os porões da antiga SS, que começou como um esquadrão especial de proteção e guarda pessoal de Adolf Hitler para depois se transformar em uma poderosa força paramilitar nazista. Como era verão conseguimos ver nessa área, ao longo do muro, uma exposição ao ar livre de caráter temporário, pois muda a cada ano. Já teve uma exposição sobre o importante ano de 1933, em que Hitler assumiu o poder e levou à Alemanha a uma ditadura; e teve também outra que falava sobre toda a história política alemã do século XX.

Lendo os painéis do Museu da Topografia do Terror, pode-se acompanhar a retrospectiva da 2a. Guerra Mundial e perceber diversos detalhes interessantes dessa parte da história. Por exemplo, Hitler nasceu na Áustria e, mais tarde, obteve a dupla cidadania, no caso, a alemã, porque era condição necessária para chegar ao poder na Alemanha. Assumiu em 1933 e “preparou” a Alemanha para a guerra (expansão) até 1939. Implantou a Gestapo e as SS, fez alianças políticas unilaterais com a Itália (de Mussolini) e com o Japão, firmando o “Tratado de não agressão recíproca” entre os três países do então denominado Eixo. Em 1943 Mussolini foi deposto do poder na Itália e esse país trocou de lado em meio à guerra, unindo-se aos aliados, que consistia na união de diversos países, sendo que os principais eram: os EUA, o UK, a Rússia e a França, dentre outros, como o próprio Brasil. Após a morte de Hitler (abril de 1945) e a rendição da Alemanha, o Japão liderou o ataque à Pearl Harbor (destruiu diversos aviões americanos que estavam em terra). A vingança dos EUA foi o lançamento da bomba atômica à Hiroshima e à Nagasaki, com a consequente rendição do Japão e o fim da 2ª Guerra Mundial (agosto de 1945).

Topografia do Terror, museu localizado na Sede da antiga Gestapo (Polícia Secreta Nazista)

Para verificar a exposição basta acessar o site do Museu da Topografia do Terror. Confesso que, para aqueles mais sensíveis, não é um lugar muito agradável de se visitar, mas é imperdível a sua visita. Dentro do museu da Topografia a exposição é voltada ao tema nazismo. São expostos os crimes e as atrocidades cometidos pelas polícias nazistas. Além do que tem um pequeno audiovisual de uns 10 minutos com filmes antigos. O lugar é muito “clean”, e bem arejado, com cadeiras, banheiros e cafeteria. No andar de baixo tem uma pequena biblioteca. O que realmente chama atenção no local é a extensão do muro, onde se tem uma idéia da sua altura. É um dos lugares mais interessantes para se visitar em Berlim, principalmente para aqueles que curtem a história da 2ª Guerra Mundial.

Diante da exposição se tem uma boa idéia da dimensão da 2ª Guerra Mundial.

Seguindo com as nossas caminhadas por Berlim e aproveitando para fazer as descidas estratégicas através da utilização do ônibus da City Sightseeing “Hop On Hop Off”, paramos na Praça Alexanderplatz (a praça foi cenário do filme “A Supremacia Bourne”) e fomos visitar a Torre de Televisão de Berlim, ou, em alemão, Berliner Fernsehturm (368 metros de altura), sendo a estrutura mais alta da capital alemã e também uma das maiores da Europa.

Durante a Copa do Mundo da Alemanha (2006) a torre foi transformada em “bola” de futebol.

Impossível andar por Berlim e não vê-la o tempo todo. A torre ficou pronta em 1969 e tem 368 metros. Paga-se em torno de 15 euros para subir de elevador e ingressar no local até chegar ao Restaurante Panorâmico. Além da vista impressionante, se tem uma idéia da magnitude de Berlim.

Vista de Berlim do alto da Torre da TV.

Difícil mesmo é tirar uma foto do local, pois circulam muitos turistas por lá. Para ingressar na Torre, em período de alta temporada, leva-se em torno de 1 hora. O mais engraçado foi que na subida do elevador tem um guarda que sobe junto com os visitantes e fica de frente para todos falando em alemão, o que torna a subida um tanto “assustadora”.
Bem em frente à Torre de TV (na Alexanderplatz), tem o famoso Relógio Mundial chamado Urania-Weltzeituhr.

O Relógio Mundial mostra as horas de diversas cidades do mundo.

Este relógio mostra diversas cidades do mundo com as suas respectivas horas. Vale tirar aquela foto, mas tem muita gente circulando no local. A dica mais legal é visitar a praça comercial, bem próxima ao relógio onde tem várias barracas de produtos típicos e, é claro, muita cerveja. Como fomos no mês de agosto e estava quente a sensação é que estávamos em uma mini Oktoberfest. Tinha várias bancas vendendo comidas de rua e até um “porco inteiro”, onde, de vez em quando, o feirante tirava uma “lasca” e entregava para alguém no prato. Naquele dia, em especial, assistimos o show do “Luiz Alpim”.

Uma mini Oktoberfest em plena Praça Alexanderplatz.

Em um palco de lona em frente às mesas gigantes cheias de turistas e de alemães com super copos de cerveja, o artista fez aquele espetáculo cantando velhas canções da Alemanha. O cara era tão bom que parecia uma banda completa com a gaita e a sua mesa de sonorização. Ao tocar a primeira canção já saltou um “Alemon” da mesa em frente e saiu dançando com um copo de cerveja. Chegamos à conclusão de que o povo alemão é um dos mais divertidos do mundo, eles não estão nem aí para os outros, cada um se diverte a sua maneira.

Summer in the City um Festival para lá de especial em Berlim.

Para completar a alegria, naquele mesmo dia, durante à noite, estivemos em um Festival de Verão, localizado na Praça Breitscheidplatz, que fica entre a avenida Ku’damm e a rua Budapester Straße, ao lado da igreja Kaiser-Wilhelm-Gedächtniskirche (a igreja parcialmente destruída durante a 2ª Guerra Mundial). Com várias barracas espalhadas pela praça foi possível degustar vários tipos de salsichas e as famosas cervejas, sendo que as do tipo Weissbier são muito saborosas. O ponto alto foi o show de Verão em um palco de lona, que reuniu várias pessoas locais de todas as idades. O que mais chamou atenção foi uma senhora que se divertia muito, mostrando todo o seu “empoderamento feminino”. Todos se divertiam, sem neuras ou preconceitos, em um ambiente recheado de muito alto astral.

No outro dia, fomos conhecer o famoso Museu da Espionagem (Spy Museum). Foi uma das atrações que mais curtimos em Berlim. Localizado na Leipziger Platz, muito próximo ao prédio da Sony.

O Spy Museum e o intrigante mundo da espionagem.

O Spy Museum não é chato porque é interativo e possui 14 alas temáticas em um espaço de 3.000m2 que abriga mais de 300 peças de espionagem. Revela fatos históricos desde os templos biblícos até os objetos e espiões do século XXI. Esteja preparado para ficar umas 3 horas, sem pressa, pois tem alas muito divertidas como a do “Agente Cinematográfico 007” até as mensagens interceptadas no tempo da guerra fria (como aquela inserida em um papel minúsculo dentro de uma noz) que lá está exposta. Ao final, há um painel dedicado para cada caso de espião descoberto. O que mais chamou atenção, pelo menos para nós, foram as câmeras minúsculas acopladas nas patas dos pássaros, usadas na 1ª e 2ª Guerras Mundiais. E outro fato que chama a atenção é que aparecem vários pontos do planeta onde foram detectados OVNIS através dos satélites espiões, tudo devidamente registrado no Museu. No final de tudo, a gente sai um pouco assustada do Spy Museum, pois é intrigante o mundo da espionagem.

Museu da Espionagem, onde até na escada tem códigos para decifrar hehe.

Não fomos a mais Museus, porque o tempo estava ótimo, então aproveitamos para conhecer a Siegessäule, o imponente marco histórico e marca registrada de Berlim. Trata-se de um monumento em forma de coluna, onde no alto fica uma estátua de um anjo dourado, em bronze. Foi erguido em homenagem à vitória da Prússia na guerra contra da Dinamarca, Áustria e França.

A Siegessäule, o imponente marco histórico.

Tem como subir na coluna, escalando 285 degraus em forma espiral para chegar à plataforma de observação (50,66 metros de altura). O ingresso custa em torno de 3 euros. Para quem não tem uma boa forma física ou tem medo de altura, não aconselhamos este atrativo. Porém, lá de cima tem-se uma vista panorâmica muito boa das imediações. Para aqueles que pretendem visitar esta torre sem fazer muita força, sugerimos que fiquem no primeiro andar, que tem uma base muito boa para tirar fotos e apreciar a paisagem. Para chegar lá tem túneis que facilitam o acesso, uma vez que o monumento fica no meio de um cruzamento de intenso tráfego de carros.

Foi lá mesmo, muito próximo ao Siegessäule, que vimos um ônibus colorido circulando com vários jovens dançando e curtindo a vida. O tal ônibus alegre era uma espécie de “dancing ambulante”, com pessoas bonitas e representou para nós o que é o símbolo de Berlim, o respeito à liberdade e à individualidade com muita festa.

Berlim, respeito à liberdade e à individualidade.

Andando mais um pouco, fomos parar na Catedral de Berlim (Berliner Dom) que, em nossa opinião, é um dos prédios mais bonitos da cidade. É uma catedral protestante luterana e foi construída entre 1895 e 1905, estando localizada na Ilha dos Museus.

Catedral de Berlim (Berliner Dom) um dos prédios mais bonitos da cidade

Durante a 2ª. Guerra Mundial, a Catedral foi muito afetada e ficou destroçada. Só em 1975 é que começaram os trabalhos de recuperação, que foram concluídos em 1993. Só pela foto da parte externa fica evidente que vale a pena visitá-la.

Outra igreja que nos impressionou muito foi a Kaiser-Wilhelm-Gedächtniskirche ou Gedächtniskirche. É a famosa igreja que foi muito danificada por bombardeios durante a Segunda Guerra Mundial e que permanece assim até hoje, como símbolo para lembrar a destruição causada pela guerra e, principalmente, do que nunca mais deveria acontecer.

Gedächtniskirche, a igreja danificada durante a 2ª Segunda Guerra Mundial.

O complexo da Gedächtniskirche inclui não somente as ruínas da igreja, mas também a nova e moderna igreja que está sendo construída ao seu lado. Após o término da obra ficarão ambas, lado a lado, sendo a antiga como um memorial das destruições causadas pela Segunda Guerra Mundial.

Aliás, a Segunda Guerra é muito bem explorada turisticamente pelos alemães em Berlim. A Alemanha não nega e não esconde a sua triste parte triste na história da Guerra. Faz questão de manter as “cicatrizes” e mostrar o quanto houve de superação, apesar de toda a destruição que ocorreu no país. E isto é perfeitamente visível em algumas estações de metrô ou de trem, onde se vê painéis contando histórias da guerra ou, até mesmo, nos pedaços do muro existentes em vários pontos da cidade.

Outro ponto bem legal que visitamos em Berlim foi o Konzerthaus (localizado na Praça Gendarmenmarkt). Um dos maiores e mais famosos espaços artísticos da cidade.

Konzerthaus, uma dos prédios mais fotografados de Berlim.

A fachada do prédio é magnífica, sendo possível assistir a um espetáculo de música clássica em seu interior (compra através do site). Atrás do monumento a Schiller, ergue-se uma belíssima construção de arquitetura contrastante com as duas catedrais (quase gêmeas) que cercam a praça. Só curtimos os prédios, não pudemos assistir a nenhuma apresentação de música clássica.

Não tem como ir a todos os atrativos de Berlim em 4 dias e 3 noites. Passamos pelas imediações e apenas tiramos fotos de alguns pontos como o Parlamento Alemão (Reichestag). Para visitar o lugar tem que comprar ingressos pela internet e enfrentar uma fila quilométrica.

Parlamento Alemão (Reichestag), cartão postal da cidade.

Nós não tínhamos muito tempo para isto. O prédio é histórico com aspecto clássico e coroado por uma grande e moderna cúpula de cristal, onde os visitantes podem ter uma idéia de como é a cidade. Pelo fato de estar situado na linha que marca o Muro de Berlim, o Reichstag ficou quase 30 anos separado do Portão de Brandemburgo. A cúpula é cristalizada para deixar claro que o Parlamento é o centro da democracia, portanto, todos os assuntos relevantes com relação à política governamental devem ser conduzidos com transparência. No interior da cúpula é possível ver fotos antigas contando a história do Parlamento.

Andando pela cidade, saindo do Parlamento Alemão em direção à Central Station, encontramos esta belíssima cena de verão. Os berlinenses tomando aquele solzinho de final de tarde de frente para um dos canais do Rio Spree.

Belíssima cena de verão, um solzinho para alegrar a turma da cidade.

A marca registrada de Berlim é o Urso, onde você vai enxerga ele, seja na bandeira ou espalhado pela cidade como uma decoração. A bandeira de Berlim, com as cores vermelho e branco, mostra o urso de Berlim (bem acima da bandeira). Segundo os guias turísticos, a pronúncia em alemão de urso soa como se fosse “Béalin”. Mas, na verdade, o símbolo vem das armas da cidade que tem origem em Albrecht I, o Urso. Ele foi um guerreiro Saxão que dominou as terras que hoje são Berlim, lá por volta do ano 1100. Parte do povo que habitava essa região era eslavo, com uma língua bem diferente das línguas germânicas. O nome Berlin, com “n”, em alemão vem de uma palavra de origem eslava que era usada para denominar terras pantanosas.

Berlim também tem muito verde.

Berlim tem dois rios por onde navegam os barcos turísticos: o Spree, que corta o centro da cidade, e o Havel, que passa por bairros mais afastados do centro da cidade, assim como diversos canais e lagos. Berlim é um conjunto de pequenas ilhas com diversos canais. O Rio Spree passa por todos os lugares da cidade. E é por isso que na capital alemã há várias opções de passeios de barco que vão de uma a cinco horas de duração e que possuem os mais diferentes roteiros.

Com relação à gastronomia de Berlim dois lanches típicos nos marcaram muito: um deles foi a batata frita servida em barraca de rua próxima à igreja Gedächtniskirche, uma delícia!

Cones de batatas fritas em forma de anel (para comer de joelhos).

A outra surpresa gastronômica foi perto do hotel, onde encontramos uma barraca de rua que servia o pão com salsicha mais saboroso do mundo, cortado em pedaços e servido com uma autêntica cerveja local bem gelada. Ah! O pão era servido separado, pois tinha que vir “muito quente”.

Pão quente com salsicha e cerveja alemã.

Uma das curiosidades que observamos em Berlim e que deixamos como dica para quem for visitá-la: não teime e nem discuta com as moças alemãs. Por exemplo, diversas vezes tivemos que ir ao guichê da DB – Deutsche Bahn (maior empresa de transporte ferroviário da Alemanha e da Europa) para comprar, trocar ou até mesmo pedir alguma informação e ouvimos o famoso “nein, nein, nein…”, ou seja, não, não, não. Achávamos engraçado e, na maioria das vezes, acabávamos deixando para lá.

Com certeza iremos voltar a Berlim algumas vezes, pois aproveitamos bem menos de tudo de bom que a cidade tem para oferecer, principalmente os inúmeros museus que deixamos para trás.

Após o término da visita à Berlim pegamos o trem para nosso próximo destino, a cidade alemã de Dusseldorf.

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