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Bristol, a Cidade da Emblemática Ponte Suspensa

De novo, lá fomos nós passear com a agência estudantil City Life de Nottingham para um bate e volta. Foi num domingo, dia 19 de novembro de 2017, já fazia frio, mas ainda tinha sol. Pegamos o ônibus com os estudantes universitários rumo a Bristol, que possui a ponte suspensa como o marco mais emblemático da cidade. Saímos às 9h e chegamos antes do meio-dia.

Domingo gelado, mas bem agradável, com sol. Chegamos à cidade e logo fomos visitar a Clifton Suspension Bridge. A ponte suspensa de Clifton, que está acima do rio Avon Gorge, é o símbolo da cidade de Bristol. Por quase 150 anos foi um dos atrativos mais visitados no Reino Unido. A ponte une Bristol ao North Somerset e pertence ao “Clifton Suspension Bridge Trust”, uma instituição de caridade sem fins lucrativos criada em 1953 para atuar como guardiã da ponte, garantindo sua manutenção e preservação.

Clifton Suspension Bridge
Clifton Suspension Bridge, a engenharia de sucesso da Inglaterra.

A ponte foi aberta ao público em 8 de dezembro de 1864 e atualmente é financiada por pedágios. Foi originalmente projetada para tráfego puxado a cavalo, mas hoje atende a mais de quatro milhões de veículos por ano. Inúmeras histórias e lendas são contadas para ilustrar a sua construção em tempos remotos, mas a mesma impressiona pela sua imponência em termos de engenharia.


Difícil foi enquadrar o ângulo para achar a ponta da ponte.

A ponte tem uma extensão total de 414 metros (ancoragem de uma ponta a outra). A extensão da parte suspensa da ponte tem um vão de 214 metros. Tem uma largura total de 9,5 metros. O convés da ponte fica 76 metros acima do nível da água e os pilares têm 26,2 metros de altura. No total a ponte pesa cerca de 1.500 toneladas. 


O cenário mágico do Rio Avon visto da ponte.

O cenário espetacular da ponte suspensa de Clifton, nos penhascos do desfiladeiro de Avon, a tornou o símbolo definitivo de Bristol. Junto à ponte tem um parque bem interessante e também é possível visitar o memorial de construção da mesma. Como nosso tempo era curto, só tivemos tempo de atravessar a ponte e tirar algumas fotos. Nos falaram que atravessando a ponte tem uma vila para visitar, mas isto somente de carro.


Bristol tem parques amplos e muitas áreas verdes de recreação.

Saímos dali e fomos em direção ao centro da cidade para fazer o famoso tour cultural com o Guia de Turismo local, mas, para variar, resolvemos descobrir sozinhos as belezas da cidade.

Andamos até achar um lugar para almoçar e depois fomos dar uma caminhada no centro da cidade, mais precisamente, no At Bristol Science Center, um prédio bem moderno com uma fachada futurista para os padrões ingleses. Tinha uma exposição sobre “invenções curiosas no mundo” voltada para crianças. Realmente, deu para perceber que o tesouro mais precioso da Inglaterra é o conhecimento, que começa na educação infantil, aguçando a curiosidade das crianças.


O antigo cais transformado em uma área turística – Bristol City Docks.

Mas o que nos encantou na cidade foi o Bristol City Docks, ou a Harbourside, uma área revitalizada da cidade, às margens do Rio Avon. Antigamente era um cais movimentado, onde marinheiros e comerciantes trocavam mercadorias e zarpavam em viagens de descoberta, mas hoje a Harbourside de Bristol é uma área de lazer repleta de restaurantes, bares, lojas e hotéis. Tem pontes que atravessam de um lado para o outro da cidade, bem como pequenos barcos de passageiros. Encontramos uma inglesa que residiu no Brasil e falou português conosco. Disse que a cidade era agradável pois tinha muitos parques e áreas verdes. Tinha boa qualidade de vida e era a sexta maior cidade da Inglaterra. Que era uma cidade com o clima agradável se comparada com as demais do país, devido à influência pela proximidade com o Atlântico, e que raramente nevava. A cidade era próspera e apresentava boas oportunidades de negócios.


Brunel’s SS Great Britain navio de guerra transformado em atração turística.

Dali fomos visitar um navio ancorado no Harbourside chamado Brunel’s SS Great Britain. Esse navio foi um dos maiores e mais avançados navios a vapor já construídos, medindo 98 metros da popa à proa. Entre 1843 e 1886 foi uma embarcação de passageiros, completando a travessia transatlântica entre Bristol e Nova York em apenas 14 dias, fato esse incrível, para a época. Infelizmente, devido ao seu alto custo, acabou sendo o legítimo “navio de guerra”, e foi afundado perto de Port Stanley, nas Malvinas, na década de 1930. Felizmente, esse não foi o fim. O navio foi rebocado de volta a Bristol em 1970 e, desde então, passou por uma impressionante restauração de 30 anos. Isso resultou em um atrativo turístico de primeira linha, onde o visitante pode espiar as cabines de luxo, ouvir as histórias dos passageiros e sentir o cheiro da vida a bordo, através de uma experiência multissensorial. Não entramos no navio devido ao nosso pouco tempo na cidade, mas ficamos impressionados com a sua beleza.


O cenário de entorno da Cabot Tower parecia um filme de suspense.

Como o nosso tempo era curtíssimo e tínhamos que voltar às 17h30min, de Bristol para Nottingham, corremos muito para chegar na Cabot Tower, uma pequena torre com uma vista panorâmica da cidade. A torre ficava situada no parque de Brandon Hill, tendo 105 metros de altura, e foi construída em 1897 para comemorar a famosa viagem de John Cabot de Bristol ao continente da América do Norte, quatrocentos anos antes. O lugar, podemos dizer, era bucólico, ao final de tarde, quase inverno e frio, parecia uma cena de filme.


Vista panorâmica da cidade de Bristol, a partir do alto da Cabot Tower.

A torre ficou fechada para reformas por um bom tempo, mas foi reaberta ao público em 2011. Foi muito gratificante subir as escadarias em forma de espiral para chegar no topo, pois lá de cima foi possível ver a cidade pelos 4 ângulos, principalmente a Harbourside e o Rio Avon.


Toda cidade inglesa tem a sua catedral, uma mais majestosa do que a outra.

Como a maioria das cidades inglesas, Bristol também possui uma belíssima catedral, uma edificação impressionante, lindamente decorada, que acolhe visitantes de todas as religiões. Prédio que vale uma visita.


Centro da cidade com uma rua extensa e movimentada.

Estivemos caminhando pelo centro de Bristol, a avenida principal é bem extensa, e nas ruas transversais é possível ver a Bristol Street Art,a arte grafiteira das ruas, muito comum em algumas cidades do Reino Unido, como Belfast, por exemplo. Em Bristol, a arte de grafite decora as paredes e as edificações da cidade, ao longo de ruas estreitas, ruas secundárias e passagens subterrâneas, sendo exibidas com ousadia como obras de arte e representando o humor irônico da cultura pop.

Como sempre, tivemos que correr para pegar o ônibus de volta para Nottingham e ficamos com a sensação de que não vimos nem a metade das atrações da cidade. 

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