As ViagensColônia e sua Imponente Kölner Dom

Colônia e sua Imponente Kölner Dom

Continuando a nossa travessia de trem pela Alemanha visitamos Colônia, a quarta cidade de nosso roteiro pelo país germânico. Estávamos hospedados na vizinha cidade de Dusseldorf, porque Colônia não tinha mais hotel disponível. Então, dedicamos somente um dia e meio para conhecer esta preciosa cidade. Para salientar, Colônia foi uma das cidades mais fortemente bombardeadas da Alemanha durante a Segunda Guerra Mundial, com quase 35 toneladas de bombas jogadas sobre o seu território. O bombardeio reduziu a população em 95%, devido, principalmente, à evacuação e destruição de quase toda a cidade.

Colônia e sua imponente Kölner Dom.

Chegando à estação central você já enxerga a Catedral de Colônia (Kölner Dom), a principal atração da cidade e uma das mais importantes da Alemanha. São 157 metros de altura, uma verdadeira obra de arte em estilo gótico. É considerada uma das igrejas mais fotografadas do mundo e tombada pelo Patrimônio Mundial da Unesco. Além disso, em seu interior encontram-se as relíquias dos Três Reis Magos, levadas de Milão para Colônia pelo Imperador Barba Roxa, quando da conquista daquela cidade italiana. Ao chegar à entrada, fica-se impressionado com as fotos da Igreja que foi parcialmente destruída na Segunda Guerra Mundial. O mais impressionante é o tamanho da mesma, são 6.900 metros quadrados divididos em cinco naves e sete capelas.

Uma das igrejas mais fotografadas do mundo e tombada pelo Patrimônio Mundial da Unesco.

As colunas são lisas e formam arcos pontiagudos que se elevam até o teto. Suas pinturas são, na maioria, do século XIV e seus mais de 10 mil metros quadrados de vitrais muito bonitos dão um show de cores e luzes toda vez que entra o sol. A Catedral levou mais de 630 anos para ser construída (1164), quando o arcebispo Dassel trouxe as relíquias dos Três Reis Magos para a cidade. A partir daí, a Catedral que já existia desde o ano 870 D.C., foi demolida e feita uma nova, totalmente em estilo gótico, pois o número de fiéis aumentava a cada ano. O difícil mesmo é tirar uma foto inteira da Catedral, de tão alta que ela é, perde-se muito tempo até achar o melhor ângulo. Tem como visitar a torre da Catedral, são 527 degraus, mas não tivemos coragem…

Uma cervejaria sensacional, a Gaffel, ao lado da Catedral.

Encontramos uma cervejaria sensacional, a Gaffel, ao lado da Catedral. E para quem gosta de comidas típicas é um excelente lugar. Além disso, tem cervejas próprias, e a que tomamos era de cor amarela clara, fresca, com malte reforçado com perfeição, mas equilibrado, sem deixar aquele sabor de amargo na boca.

A cerveja Gaffel servida em tulipas de 200 ml e a “bolacha” com a anotação da quantidade consumida.

A cerveja é servida em copos de vidro compridos e estreitos (tulipas de 200 ml), além do fato de que a bandeja é diferente das tradicionais, por ter uma alça que ajuda o garçom a transportá-la com apenas uma mão, bem como espaços apropriados para inserir diversos copos de uma só vez.

Assim como já tínhamos observado em Dusseldorf, o controle do consumo da cerveja é na confiança ao cliente. Os garçons servem e fazem um pequeno risco no suporte ou na “bolacha” da cerveja. Ao final, a quantidade consumida será cobrada com base nesta simples anotação.

Römisch-Germanisches Museum, uma atração imperdível.

Exatamente ao lado da Catedral encontra-se o Museu Romano-Germânico (Römisch-Germanisches Museum). Trata-se de um museu arqueológico contendo uma grande coleção de artefatos romanos da época do assentamento daquele povo na cidade de Colônia (séculos I a III). Mostra uma exposição de interessantes peças de vidro, cerâmica, metal da época romana e um fabuloso mosaico com peças de arquitetura fúnebre, religiosa e civil. O que mais chama a atenção é o “Mosaico de Dionísio”, que era o piso de uma sala de jantar de uma antiga Vila Romana do século III.

Mosaico de Dionísio, o piso de uma sala de jantar de uma antiga Vila Romana do século III.
A simbologia da Suástica Nazista, utilizada no século XX, já existia em um piso Romano do século III.

Existem diversas lápides com referências a soldados romanos e objetos que foram encontrados nos túmulos de nobres da época. Em uma das salas há um piso Romano com a simbologia da Suástica Nazista (já encontrada em muitas culturas e religiões em tempos diferentes, tais como Astecas e Celtas, passando pelos Budistas, Gregos e Hindus, havendo registros de até 5 mil anos atrás). Vale a visita!

Hohe Strasse, uma espécie de calçadão de Colônia (uma brasileira dançando samba).

Seguindo, andamos pela rua principal da cidade, a Hohe Strasse. Uma espécie de calçadão de Colônia e uma das ruas de pedestres mais antigas de toda a Alemanha. É ao longo dessa rua que estão reunidas as lojas mais famosas da Europa: Zara, H&M, Sfera, C &A, entre outras. Nas ruas transversais encontram-se restaurantes e as famosas confeitarias alemãs. Foi lá que comemos a torta mais tradicional da cidade, Kalter Hund, que consiste em camadas de bolacha e creme de chocolate, servida bem gelada e acompanhada de água… Uma alegria!

Kalter Hund, a torta consiste em camadas de bolacha e creme de chocolate.

Bem em frente à Catedral de Colônia (Kölner Dom), encontra-se a loja oficial da conhecida Água de Colônia. Quem não teve uma avó que usou este perfume? A verdadeira origem do perfume permanece até hoje em discussão, no entanto, a história narra que um imigrante italiano fabricou no século XVIII a fórmula de tanto sucesso na história mundial. Entre os muitos admiradores da Água de Colônia, podemos citar: Goethe, Voltaire, Napoleão Bonaparte e a Rainha Victória.

O produto mais conhecido atualmente é a fragrância 4711.

O produto mais conhecido atualmente é a fragrância é a 4711, lançada por Wilhelm Mühlens, que comprou a receita de um cidadão de Mônaco. Em 1820, foi criado o frasco Molanus, o que facilitou o armazenamento e o uso da Água de Colônia, e que ainda hoje é utilizado. Enfim, cada visitante que vai a Colônia acaba levando uma pequena amostra do 4711, nem que seja para dar para uma tia. Confesso que amamos a fragrância.

É muito amor em uma ponte só.

A Hohenzollern Bridge (Ponte de Colônia) é talvez a ponte mais famosa da Alemanha, passando sobre o charmoso Rio Reno. Ela foi bombardeada e destruída durante a Segunda Guerra Mundial, sendo que, inclusive, são vendidos cartões postais em preto e branco com registros da época do fato. Lá os alemães e milhares de visitantes penduraram cadeados na estrutura de ferro que sustenta a ponte, com declarações de amor. Vale dar uma caminhada por aquele local e curtir a bela vista do rio e das margens. A ponte possui aproximadamente 600m de comprimento de “puro cadeado do amor”, que simboliza o fechamento de uma união a dois. Reza a lenda que um jovem apaixonado jurou amor eterno a sua namorada e gravou todo esse sentimento em um cadeado, trancou-o na ponte e jogou a chave no Rio Reno. A lenda diz, ainda, que um amor cadeado nesta ponte só é interrompido se alguém achar a chave no fundo do rio!!

A Ponte de Colônia, que foi destruída durante a Segunda Guerra Mundial, passa sobre o Rio Reno.

Vale contemplar o Rio Reno e suas inúmeras embarcações, seja cheias de turistas ou de mercadorias. O visual do rio no final da tarde transmite uma paz e uma tranqüilidade sem tamanho. O mesmo atravessa a Europa de Sul ao Norte. Os romanos chamavam o rio de Rhenus. Desde aquela época o Reno é um curso de água muito usado para o transporte e o comércio.

Para conhecer a cidade andamos neste trenzinho simpático.

Fizemos um tour pela cidade em um trenzinho verde e amarelo. Passamos por outro ponto alto de visitação, que é o Museu do Chocolate (Schokolade Museum) da Lindt. Localizado no centro e próximo ao Reno (10 minutos a pé da Catedral), mostra a história do chocolate e como o chocolate Lindt é fabricado, havendo uma degustação e terminando em uma loja que mais parece um supermercado, com diversos chocolates da marca. Não deu tempo de ir, porque ficamos somente um dia e meio na cidade, mas como no dia seguinte íamos até Aachen, onde tem a Fábrica da Lindt, deixamos para comprar por lá.

A pequena ponte que dá acesso ao Schokolade Museum.

Quer saber se voltaríamos a Colônia? Claro, só para pendurar o cadeado na ponte, a gente acabou de esquecendo deste encontro amoroso… hehehe.

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