O IntercâmbioO Primeiro Fiasco a Gente Nunca Esquece

O Primeiro Fiasco a Gente Nunca Esquece

Ao chegarmos à casa de família em West Bridgford (outubro de 2016), fomos avisados pela nossa anfitriã (Diana) que teríamos uma colega francesa, mas que a mesma iria chegar somente uma semana depois. Como Diana morava em Yorkshire, ficamos sozinhos na casa por uma semana. Que maravilha!!

Uma semana livre nesta casa linda, era demais…

A sensação era de estarmos livres, leves e soltos. Um casarão de três andares, totalmente mobiliado, somente para nós dois. Mas aí que aconteceu o nosso primeiro pequeno fiasco. A casa tinha dois banheiros, um ao lado do nosso quarto e outro no 3º andar. Diana deixou bem claro: “Este banheiro será somente para vocês, ninguém poderá usá-lo”. Com o recado dado, tudo certo. Mas eis que, certo dia, um de nós dois teve a “excelente” idéia de “experimentar” o banheiro do 3º andar, afinal, era só usá-lo e deixá-lo do mesmo jeito que estava que não haveria problema algum (tudo que é proibido é mais gostoso, antiga frase juvenil). Bom, não deu outra, ao tentar desligar o chuveiro, o mesmo não parava de escorrer água, não tinha jeito. Giramos e apertamos todos os botões e alavancas que tinha no banheiro e nada. E continuava escorrendo a água quente e em abundância. Bateu um desespero, era uma verdadeira “tragédia”, até porque o próximo morador, a francesa, iria chegar uma semana depois, e a proprietária Diana morava a três horas de carro de Notthihgham. Lembramos que a Diana havia nos falado: “Em caso de emergência, basta bater na casa quase em frente, a de número ‘x’, e chamar ‘my friend’ Josefh” (quem disse que alguém anotou o número da casa e nem sabíamos se Josefh era nome de homem ou mulher). Mais tarde, passado tudo isso, descobrimos que era uma senhora de nome “Jose” ou “Jôse”, em português. Diante de tal drama, só restava uma coisa, pedir socorro para o primeiro “ser vivo” que passasse na nossa rua. Ficamos quase meia hora esperando e não passou nenhum carro ou ser humano.

Diana avisou: “Qualquer emergência batam na Casa de Joseph”.

Jesus, o que fazer!! Haha, tomamos coragem e fomos bater na casa “x” da tal Josefh. Ensaiamos previamente as primeiras palavras, do tipo: “Hi, my name is Vania, I am from Brazil, I live in house of Diana, help me, my shower have crash”… hahaha… Batemos na porta e não deu sorte, ninguém atendeu, nem nas casas ao lado da “x”. E a água escorrendo… Eis que o primeiro veículo com seres vivos que apareceu na nossa rua foi o caminhão do lixo. Saímos correndo atrás do caminhão, o cara do lixo saltou do caminhão, esbaforido, e disse: “What?” E respondemos: “Help me, my shower is crash, help me” (ele só entendeu porque somos bons em mímicas porque a pronúncia era horrível). Sem contar que o vocabulário e a formação da frase também não eram dos melhores… Ele abriu um sorriso (nunca esquecerei, todos os dentes eram dourados) e disse “Sorry, I work at the moment”.

O homem do caminhão do lixo disse: “Sorry…”.

Descobrimos, mais tarde, que por aqui todos ganham por hora e cumprem o horário do trabalho, o que tornava praticamente impossível uma ajuda da parte dele. Passou quase uma hora e nada de a situação se resolver… O desespero foi ficando maior, mas eis que, ao entrarmos novamente em casa, quase desanimados, vimos que o vizinho ao lado estava vendo TV junto com o seu cachorro (sabe lá se não estava rindo da gente). Não deu outra, batemos na porta e pedimos socorro. O vizinho entrou e resolveu rapidamente, era muito fácil, bastava um “jeitinho” para desligar o chuveiro. Tinha que ficar pressionando o botão de liga e desliga e soltar “de repente” para o mecanismo desligar.

Para finalizar a história do “fiasco”, cada vez que passávamos em frente à casa do vizinho do cachorro evitávamos olhar pela janela, para não ter de acenar para o homem, de tanta vergonha…

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