As ViagensPortugal Visitado pela Segunda Vez

Portugal Visitado pela Segunda Vez

Faro

Em dezembro de 2016, após um intensivo curso de inglês, decidimos tirar umas “mini férias” de 8 dias para passar o Natal em Portugal e visitamos três cidades: Faro, Lisboa e Sintra. Saímos do aeroporto de East Midlands, bem ao lado da nossa nova moradia em Nottingham. Foi um voo tranquilo até Faro, nosso destino inicial. Escolhemos Faro, não por simples opção, mas porque não tinha mais voo para Lisboa. Compramos os trens com antecedência (via site) e os hotéis também e lá fomos nós para a nossa primeira viagem pela Europa, considerando como início o período em que estávamos morando na Inglaterra. Foi nossa segunda visita a Portugal, porém, na viagem anterior, a partir do Brasil, fizemos um roteiro diferente, sendo que, nesta ocasião, a única cidade repetida foi a capital, Lisboa. Poderíamos ter escolhido outro destino, mas nosso objetivo era dar uma “descansada” na língua inglesa e visitar um grande amigo.

Mesmo no inverno o sol em Faro era brilhante, bem diferente do de Nottingham.

Chegamos a Faro à noite e pegamos um táxi até o hotel. Com base nessa experiência entendi o motivo de fazerem piada de português, pois o taxista veio resmungando o tempo todo porque a “corrida era muito próxima e sairia muito barata” e ele iria lucrar muito pouco (nosso hotel era quase ao lado do aeroporto). Ao chegar em frente ao Ibis era tanta reclamação e inconformidade que acabamos dando um gorjeta extra ao motorista, tal era o “choro” do homem.

O preço do bacalhau em Faro não era piada…

Ainda na mesma noite fomos jantar um bacalhau em um restaurante típico da cidade. Em matéria de gastronomia, Portugal é um espetáculo perante o mundo. Um bom bacalhau acompanhado de um vinho verde, não tem preço. Aliás, foi bem salgado o valor do jantar, em torno de 50 euros.

Acordamos, tomamos o café da manhã no hotel (pequeno almoço para os portugueses) e saímos para fazer aquele passeio em Faro. Só para se ter uma noção da localização: a cidade fica a 280 km de Lisboa, é pequena, tem em torno de 50.000 habitantes, sendo mais conhecida por pertencer à Região do Algarve. Um dos principais passeios de Faro é pela “Cidade Velha”. Andar pela Cidade Velha foi muito legal, ficamos tirando fotos, caminhando pelas ruas e travessas históricas, sem pressa. Com aquele sol gostoso de inverno, parávamos estrategicamente para admirar os prédios e as construções do século XVII com grades nas pequenas varandas, lembrando muito Ouro Preto, principalmente por seu estilo barroco.

As paradas estratégicas na Cidade Velha…

Ficamos impressionados com a beleza arquitetônica do local, pois existem várias portões que dão entrada para a Cidade Velha, sendo que o principal é o Arco da Vila, “fronteira” que separa a Cidade Velha da Cidade Nova.

Uma das entradas da Cidade Velha.

Dentro da Cidade Velha a parte mais legal é onde tem “os becos e as ruelas”. A pouco mais de 2 minutos de caminhada do Largo da Sé e da Muralha tem o Arco do Repouso. Também conhecemos a Praça Afonso III e perto dali comemos um excelente “Bacalhau à Braga”.

A marina de Faro é um espetáculo à parte.

No final da tarde fomos até o Shopping mais famoso de Faro, que se chama Fórum Algarve, e o lugar estava lotado. Os preços não eram baratos, mas valeu a visita pela bonita arquitetura do local. Fomos com o objetivo de conhecer e não de fazer compras. O Fórum Algarve tem diversas lojas de grife e o local possui dois pisos. Bem em frente ao Shopping tem uma praça que leva o famoso nome da cidade, Faro.

O Presépio em plena Praça de Faro. Nunca tínhamos visto um em cima de um Coreto, “coisa de português”.

Terminou o dia e pegamos o trem rumo à capital. Deixamos para trás a sensação de quero mais. De Faro até Lisboa foram 3 horas de trem.

Lisboa

Chegamos a Lisboa e ficamos hospedados em um hotel no Bairro Saldanha. Como sempre, visitar Lisboa é ter a sensação de voltarmos ao Brasil dos anos 1950. O bairro é muito charmoso e perto do hotel foi possível achar padarias, bares e restaurantes, uma vez que a nossa noite de Natal seria na cidade. Nossas refeições, principalmente o café da manhã, eram feitas no supermercado Pingo Doce. Junto ao supermercado tinha um restaurante muito bom, com preço melhor ainda.

Comemos o melhor bacalhau do mundo em um restaurante pequeno no Bairro Saldanha e a preço convidativo. Foi lá que tomamos “O tal Vinho da Lixa, Vinho do Patrão”. Desde a nossa última visita em Lisboa (1998), aprendemos que o melhor vinho verde servido nos restaurantes é o vinho da própria casa.

O tal Vinho da Lixa, Vinho do Patrão, o melhor vinho verde servido nos restaurantes é o vinho da casa.

Já no primeiro dia fizemos um tour de ônibus pela cidade, que permite descer e subir novamente em vários locais turísticos, e visitamos a Torre de Belém.

O jardim em frente à Torre de Belém.

A Torre de Belém em Lisboa é uma das melhores atrações turísticas de Portugal e o maior símbolo arquitetônico do país. Sua fachada é repleta de símbolos importantes para Portugal como o rinoceronte que o rei D. Manuel I ganhou do rei de Cambaia, uma cidade indiana. Vários brasões do país adornam seu exterior, fazendo a construção ser uma das mais nacionalistas de Portugal. Vale a visita. Não entramos no prédio porque o mesmo estava em reformas.

Visitamos também o Mosteiro dos Jerônimos que, junto com a Torre de Belém, é a visita turística mais importante de Lisboa. Em 1983 foi declarado Patrimônio da Humanidade pela Unesco.

Mosteiro dos Jerônimos, Patrimônio da Unesco.

A Fábrica de Pastéis de Belém, que funciona desde 1837, fica próxima ao Complexo de visitação do Mosteiro dos Jerônimos. Antigamente o lugar era pequeno e havia apenas um balcão, até que os pastéis deste lugar foram ficando cada vez mais conhecidos e apreciados, o que levou à ampliação da casa. Hoje em dia o espaço possui várias salas de estilo clássico, muito bem decoradas. Para comer o famoso doce tem que enfrentar uma pequena fila, mesmo fora de temporada.

Foi por lá que eu encontrei esta “relíquia”, um bonde muito antigo.

O Monumento do Descobrimento fica no mesmo sentido do Mosteiro dos Jerônimos, no calçadão à beira do Rio Tejo. Ele foi construído para homenagear os descobrimentos portugueses. Tem a forma de uma caravela estilizada, com o escudo de Portugal nos lados e a espada da Casa Real de Avis sobre a entrada. Dom Henrique, o Navegador, ergue-se à proa, com uma caravela às mãos. De cada lado do monumento, em duas filas, estão as estátuas de heróis portugueses ligados aos Descobrimentos. No chão há uma rosa dos ventos de 50 metros de diâmetro e um mapa mostrando as rotas dos descobrimentos nos séculos XV e XVI. É muito legal visitar este local. Mas nem conseguimos tirar muitas fotos porque o lugar estava em obras.

O Monumento dos Descobrimentos estava em reformas. Uma lástima!

Andamos mais um pouco e apreciamos a vista do Rio Tejo. É muito legal ver este rio que, para nós brasileiros, significa muito. Foi a partir desse rio que partiam as naus e caravelas para os grandes descobrimentos, inclusive o do Brasil.

Foi do Rio Tejo que partiam as caravelas e naus rumo às aventuras dos descobrimentos.

Sintra

Pegamos um trem e fomos até Sintra, há cerca de 45 minutos de Lisboa. É uma típica vila portuguesa, localizada no centro das colinas da Serra de Sintra. Foi neste clima mais ameno que a nobreza portuguesa antigamente construiu palácios, casas de verão e jardins espetaculares. Apesar de pequena, a maioria das atrações fica no alto da Serra de Sintra. Chegar a pé é bem cansativo, tem de ter muita energia e disposição.

Tem de ter disposição para andar pelas ladeiras de Sintra.

O maior atrativo de Sintra é o Castelo dos Mouros, que fica em um dos pontos mais altos da Serra de Sintra. Bem que tentamos chegar até lá, mas faltou fôlego e tempo.

Castelo dos Mouros, a visita ficou somente na tentativa.

Mas, em compensação, andamos por toda a Sintra, visitamos vários atrativos e ladeiras. Ah, as ladeiras por lá parecem que saíram de um conto infantil. Apesar de ser a segunda vez que fomos até Sintra, valeu muito a pena fazer a visita.

As ruelas de Sintra servem de cenário para “aquela foto”.

Depois de passear bastante e comermos diversos tipos de bacalhau, acompanhados de bons vinhos verdes, começamos a viagem de retorno. Fomos de trem de Sintra para Lisboa. Depois, no outro dia, também de trem, de Lisboa para Faro. E, por fim, de Faro para o aeroporto de East Midlands, na Inglaterra.

Voltamos para Nottingham após pouco mais de uma semana, com a promessa de retornarmos assim que possível para Portugal. Afinal, o objetivo da nossa viagem também era o de visitar o nosso amigo inglês, Phil. Mas houve desencontro, pois nós viajamos da Inglaterra para Portugal e, no mesmo período, ele viajou de Portugal para a Inglaterra, para visitar seus parentes no Natal. Ficou a promessa de um encontro em uma próxima oportunidade, mas esta já é outra história.

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