As ViagensPraga, a Cidade das "Cem Torres"

Praga, a Cidade das “Cem Torres”

Em maio de 2017, depois de visitarmos Viena, na Áustria, voltamos de trem para Praga, capital da República Tcheca, percurso que levou em torno de 5 horas de viagem, passando por belíssimas paisagens do Leste Europeu.

Praga não é linda, é belíssima. É considerada a Cidade das “Cem Torres” porque são inúmeras pontes, catedrais, torres e cúpulas de igrejas por todos os lados. No Centro Histórico você vê, por exemplo, uma torre negra com detalhes em dourado. A cidade tem um charme todo medieval, mas as fachadas das construções variam entre diversos estilos. Muitos pontos da cidade têm casinhas coloridas em tons pastel, lembrando aqueles vilarejos dos contos infantis dos “Irmãos Grimm”.

Praga lembra os vilarejos das histórias infantis. Era uma vez…

Não iremos descrever maiores detalhes históricos, mas em 31 de dezembro de 1992, com a dissolução dos laços que uniam “tchecos” e “eslovacos” em única federação, Praga deixou de ser a capital da “Tchecoslováquia” e passou a ser capital da “República Tcheca”. Com o tempo, com o declínio do regime comunista, a cidade tornou-se um importante centro turístico, que vem recebendo cada vez mais milhares de pessoas durante todos esses anos. Praga se abriu para o turismo em 1992, ano em que as maiores empresas do segmento incluíram a cidade nos grandes roteiros comerciais da Europa. É impressionante a quantidade de turistas pelas ruas de Praga, pessoas ávidas por conhecer a sua cultura. Praga ficou conhecida através dos compositores Antonín Dvořák e Bedřich Smetana e, também, através dos escritores Franz Kafka, Rainer Maria Rilke e Jaroslav Hašek, que ajudaram a divulgar a cidade como um dos grandes centros culturais europeus.

Cidade das “Cem Torres”, Praga recebe milhares de turistas do planeta.

Mas o ponto alto de Praga é a arquitetura que possui um dos mais belos e conservados patrimônios arquitetônicos da Europa, graças ao fato de ela ter sofrido relativamente poucos danos durante as duas guerras mundiais e seus monumentos, igrejas, ruas estreitas e prédios históricos conservam as formas quase que originais e contrastam com os modernos prédios da cidade. Por exemplo, a cada quarteirão, você de depara com cenas de filmes, ou de algum conto de fadas, tamanha a beleza da cidade.

Cidade com arquitetura única no planeta.

Ficamos no Hotel Residence Tabor, de categoria econômica, situado a, aproximadamente, 15 minutos de “tram” do centro da cidade. Compramos o passe integrado de “tram”, metrô e ônibus. Mas em Praga usamos principalmente o “tram” porque era o meio de transporte mais prático para chegar ao centro histórico. O passe custou um pouco menos do que 15 euros e valeu cada centavo, pois usamos eles todos os dias, por diversas vezes. Não utilizamos o serviço do metrô, porque a cidade é simplesmente linda e o trajeto do “tram” é realizado pela superfície das principais vias de Praga.

A cidade é tão bonita que cada recanto é um “flash”.

Praça da Cidade Velha.

Para começar fomos visitar a Praça da Cidade Velha (Staré Mésto), um conjunto de prédios antigos com os vestígios dos caminhos comerciais do século X que circulavam o rio Moldava (Vltava). Segundo a história, a fundação oficial da cidade remonta ao século XIII, quando a mesma adquiriu o status de cidade autônoma e foi construída a fortificação que a protege.

Praça da Cidade Velha (Staré Mésto), local simplesmente mágico.

A Praça é lindíssima, com prédios coloridos e turistas por todos os lados. Curioso, também, são as inúmeras noivas que circulam por lá, para tirar as clássicas fotos do casório. A Praça da Cidade Velha merece ser visitada a qualquer hora do dia, mas é à noite que ela fica especial, especialmente nos dias de verão, pelo colorido de luzes e cores que tomam conta do lugar. Em volta da praça principal existem inúmeros restaurantes típicos e a maioria serve pratos tchecos. Outro detalhe que chama atenção são os inúmeros artistas de rua, uns mais engraçados que os outros, sem contar os cantores e as “bicicletas de chopp”, semelhante as que se encontram nas ruas de Munique, por ocasião da Octoberfest.

Trenzinho turístico que faz o passeio de quase uma hora pela cidade.

Trenzinho que faz o tour pela cidade.

Um espetáculo à parte é um trenzinho antigo que fica estacionado na Praça da Cidade Velha, o qual leva o turista a um passeio de quase uma hora pela cidade. Vale a pena, não é cansativo e a subida do veículo pelas ladeiras da cidade é algo muito divertido. Para que não curte tem “vans” que circulam pela cidade fazendo o tour.

Relógio Astronômico Oroloj.

Relógio Astronômico Oroloj.

 Outro lugar fantástico a ser visto e fotografado é o Relógio Astronômico Oroloj. Fica junto à Praça e à Prefeitura da Cidade Velha. O relógio está em funcionamento há mais de 600 anos. Cada troca de hora é uma verdadeira concentração de turistas na sua frente para conferir seu mecanismo em funcionamento, com as figuras da “Caminhada dos Apóstolos”, marcando a nova hora. Ao olhar para o topo do relógio se enxerga um “tocador de trompete” que anuncia cada hora nova.

Vista Panorâmica da Power Tower ( Prašná Brána).

Power Tower

Na entrada oficial da Cidade Velha de Praga passa-se pela Power Tower ( Prašná Brána). É uma torre que fica na porta de entrada da cidade antiga, conhecida como sendo um dos 13 portões da cidade. Porém, anos após a sua construção, ela passou a servir de depósito para os militares, onde guardavam pólvora. É possível subir na Torre e tirar fotos panorâmicas da Ponte de São Carlos. Mas tem que pagar uma taxa (nada em Praga é de graça, nem os banheiros públicos, que custam 1 euro). Esta ponte foi construída para celebrar a coroação de um rei, no ano de 1476.

Vista da Ponte Charles Bridge – Karluv Most.

Ponte de São Carlos (Charles Bridge – Karluv Most).

Quem vai a Praga é obrigado a passar pela ponte. É a atração mais famosa da cidade, o cartão postal mais visitado na Europa Central. A ponte está localizada sobre o Rio Moldava e sua construção foi iniciada no século XIV (Reinado de Carlos V). Até 1841 servia de conexão entre a Cidade Velha e o Castelo de Praga. A ponte é toda de pedra e é decorada com 30 estátuas em sua extensão. Quase todas representam padroeiros e santos, ainda que na história tcheca a política e a religião se misturassem bastante. Uma após a outra, se seguem imagens de São Vito, São Sigismundo, Santa Lutgarda, São Adalberto e vários outros santos que a gente nem sabia da existência.

A Ponte de São Carlos liga a Praça da Cidade Velha ao bairro de Malá Strana.

O interessante desta ponte são as inúmeras atrações que você encontra na mesma, desde caricartunistas, artistas de rua, vendedores de “badulaques” feitos na cidade (bijuterias), conjunto de música clássica e até personagens de shows. Mas o que realmente chama a atenção são os inúmeros “mendigos” que se encontra no trajeto (de joelhos, suplicando uma moeda) ou, até mesmo, pessoas que usam seus cachorros como isca para atrair os olhares dos turistas e logo pedir uma ajuda financeira.

O trânsito de turistas na Charles Bridge é intenso.

Mas tudo isto compõe a Charles Bridge. A Ponte de São Carlos liga a praça da Cidade Velha ao bairro de Malá Strana, onde fica o Castelo e, por isso, é praticamente impossível não passar por ela dez vezes por dia. Cruzar esses 516 metros de pura história é uma experiência bacana e um convite para acabar com a bateria da sua câmera logo no início do dia.

São inúmeras atrações que fazem parte da Ponte mais famosa da Europa Central.

Uma das estátuas mais concorridas da Ponte de São Carlos é a de São João Nepomuceno, facilmente identificável pela auréola com 5 estrelas sobre a cabeça. Ele era um padre que servia à corte da Boêmia durante o século XIV e foi torturado e jogado no rio por se recusar a revelar ao rei as confissões feitas pela Rainha Sofia. No pedestal da escultura, estão duas cenas que representam essa história – cada uma com uma mancha dourada que denuncia onde os turistas passam a mão para pedir uma espécie de “bênção” do santo. Aliás, ao passar pela Ponte, onde tiver uma estátua, lá está um turista tirando uma foto com a mão estendida na parte dourada!

Diz a lenda que tocar na parte dourada das estátuas traz muitas bênçãos…

Rua de Karlova.
Karlova é a rua (o caminho) que liga a Ponte de São Carlos à Praça da Cidade Velha. A rua é movimentada e não tem hora para ver milhares de turistas circulando por ela. A rua é incrível, cheia de lojinhas de souvenirs e galerias de arte. As fachadas das lojas são um espetáculo à parte. Uma rua charmosa que tem o clima bem Europeu, e seus prédios baixos e com arquiteturas diferentes formam uma paisagem única.

Karlova, uma rua mais do que turística.

Passando a Ponte de São Carlos, é imprescindível comer um “Trdelník”, uma espécie de cone feito de massa doce e assado em forma de espiral em fornos espalhados nas inúmeras barracas da cidade, com recheio de creme, nutella sorvete ou frutas, muito delicioso. No final a massa é passada no açúcar.

Trdelník, um verdadeiro pão doce.

A pronúncia é difícil, mas o doce é tão popular que você não consegue andar cinco minutos por Praga sem ver uma lojinha de “Trdelník”. Impressionante mesmo! Elas estão para Praga assim como os pontos de vendas de crepe estão nas praias do Sul do Brasil.

Imagem do Menino Jesus de Praga.

Igreja do Menino Jesus de Praga.

A igreja está localizada próximo à Rua Karlova, no Bairro Malá Strana. O curioso é que a igreja se chama Nossa Senhora Vitoriosa e tem uma arquitetura comum na sua parte externa. Mas, no seu interior, está um tesouro que goza da admiração de milhões de pessoas de todo o planeta. Centenas de turistas circulam na igreja para fazer orações perante à graciosa imagem do Menino Jesus de Praga, conhecida como o Bambino di Praga em todo o mundo cristão.

O Castelo de Praga.

O Castelo de Praga é tão imponente que se faz presente em quase todas as fotos da cidade.

O Castelo de Praga não é simplesmente um palácio, mas um bairro inteiro, com vários palácios, diversas igrejas e, atualmente, muitos museus. O castelo de Praga foi fundado, provavelmente, por volta do ano de 880 pelo príncipe Bořivoj da dinastía Premyslid (Přemyslovci). De acordo com o “Guinness Book”, o Castelo de Praga é o maior complexo de castelos coerentes do mundo, com uma área de quase 70.000 m². Patrimônio Mundial da UNESCO, consiste em uma composição em larga escala de palácios e edifícios eclesiásticos de vários estilos arquitetônicos, dos restos de edifícios de estilo românico do século X através de modificações góticas do século XIV.

É necessário um mapa para “não se perder” no Palácio de Praga.

Para ver os seus 13 atrativos é necessário tempo e muita leitura antes de se aventurar neste museu diferenciado. A seguir listamos algumas das principais atrações:

Catedral de São Vito.

Catedral de São Vito (St. Vitus).

A sua torre é vista por toda a cidade de Praga, onde quer que você ande, sempre irá visualizar a imagem da Catedral, em função de sua imponência. A Catedral de São Vito (St. Vitus) é definitivamente a atração número 1 do castelo. A Catedral tem filas enormes na alta temporada (julho/agosto), tanto pela beleza, detalhes e história que guarda, já que demorou cerca de 600 anos para ficar completamente pronta.

Vitrais da Catedral de São Vito.

Entre tantas histórias e detalhes, destaca-se o vitral do artista art nouveau Alfons Mucha, a tumba de São João Nepomuceno feita toda de prata (2 toneladas) e a Capela de São Venceslau (com painéis folhados a ouro e pedras semi preciosas), onde há também o acesso à câmara onde estão guardadas a sete chaves as jóias da Coroa Tcheca (cujas réplicas podem ser vistas na exposição “História do Castelo de Praga”, no Antigo Palácio Real).

Rua do Ouro (Golden Lane).

A Rua do Ouro (Golden Lane).

Uma das atrações que mais gostamos foi a Rua do Ouro. São “casinhas coloridas”, parecidas com os “Museus Vivos” existentes em vários países. Antigamente, ali moravam trabalhadores que serviam ao castelo – artesões, ferreiros e ourives (daí o nome Golden Lane). No fim da Idade Média, as pessoas eram bem mais baixas que hoje em dia, então as casas parecem miniaturas. Também, é interessante falar que o escritor Franz Kafka morou por quase 2 anos na casa de número 22 da Golden Lane, onde atualmente funciona uma loja de livros e souvenirs inspirados em suas obras.

Uma das maiores exposição de armaduras e armas medievais do mundo.

Em uma das partes da Golden Lane está a Torre Daliborke, parte das antigas fortificações do castelo, onde se pode ver uma exposição de armaduras e armas medievais inigualáveis no mundo. As armas e armaduras chamam a atenção pela excelente exposição e pela linha de raciocínio (desenvolvimento) das mesmas através do tempo.

Vista Pátio interno do Palácio de Praga.

No meio do passeio, encontra-se a Basílica de São Jorge, um prédio romano do século X, ao lado de uma igreja em estilo gótico. A Basílica de São Jorge mostra, em um prédio só, a evolução da arquitetura daquela área da cidade. É a mais bem preservada igreja romanesca de Praga, datada de 920, mas ganhou uma fachada barroca 5 séculos depois – e o estilo romanesco ficou só no interior.

Monumento a São Jorge.

Troca da Guarda.

A Troca da Guarda é uma cerimônia simples, que ocorre dentro do Castelo de Praga. Acontece diariamente ao meio-dia, com direito a banda e bandeira, em frente ao portão principal, no primeiro pátio do castelo. De hora em hora também tem a troca de turno dos guardas que ficam nos portões. Das 7h às 20h no verão e das 7h às 18h no inverno. Pegamos a troca bem no final, mas é quase impossível de chegar perto devido à quantidade de turistas.

Vista Panorâmica da cidade – Jardins do Castelo.

Jardins do Castelo.

Dos Jardins do Castelo tem-se uma vista panorâmica da cidade de Praga. Há um bem perto do portão principal chamado Jardim do Bastião, todo caprichado com um paisagismo inigualável. No meio desse jardim tem uns degraus em formato de arena com um efeito acústico interessante: experimente subir no círculo central e falar alguma coisa. Parece que a gente está dentro de um aquário! Também é legal visitar os jardins virados para o sul, com mirantes que oferecem uma vista maravilhosa para a cidade. No final tem uma escadaria que dá para a Cidade Velha.

Vista da Praça Venceslau.

Praça Venceslau.

A Praça Venceslau (Václavské náměstí) parece uma “boulevard” e ela fica no meio de uma longa avenida que leva até o Museu Nacional. A praça é um ponto bem importante da cidade de Praga, e lá ocorrem grandes celebrações, acontecimentos e protestos, como a queda do regime comunista em 1989. Existe um monumento em homenagem ao Rei Venceslau e logo atrás dele é que está o Museu Nacional. Essa região da cidade é bem turística, cheia de cafés, restaurantes e lojinhas de souvenirs. Tome muito cuidado, pois nas barracas que vendem cafés, lanches e outras comidinhas locais, o preço das mercadorias triplicam conformem a “cara do cliente”.

Informações práticas sobre Praga:

– Você caminha muito, mas muito, portanto, mantenha o seu Google maps funcionando no seu celular. Muitas vezes para achar um atrativo é necessário “correr muito”.

– Cuidado, ao trocar a moeda, seja real ou euros. O câmbio da maioria dos locais é muito oscilante, por isto a cidade se torna cara. Muitas barracas que vendem “pão com salsicha tipo alemã” nas ruas turísticas chegam a cobrar 15 reais por uma água.

– Por todo o centro da cidade tem as famosas lojas com massagens orientais nos pés. O curioso é que, antes da massagem, o turista fica com os pés de molho em uma espécie de aquário cheio de “peixinhos”!!! Ficamos curiosos, mas não fizemos a tal massagem.

– A visita mais interessante é o Castelo de Praga, que abre das 7h até as 23h em horário de verão. É interessante frisar que na maioria dos museus na Europa você baixa o aplicativo do Museu e tem acesso em áudio a todo o histórico dos atrativos. No caso do Castelo de Praga baixe no Google Play – Prague Picture Guide. Importante frisar que o Museu é pago, bem como as demais atrações.

– Para chegar ao Castelo pode-se pegar o tram 22, perto da estação de metrô Malostranska (linha A) e descer em Pohořelec ou subir a rua Nerudova (que parte da Ponte Carlos) e virar à direita na Ke Hradu. Na volta, nós descemos a pé pela Antiga Escadaria do Castelo (Staré Zámecké Schody), que começa lá na ponta do Toy Museum, e tem uma das vistas mais bonitas de Praga.

– Na Avenida “Prikope” estão dois importantes centros comerciais de Praga: o Shopping Centre Broadway e o Slovansky Dum. Vale a pena dar uma passada nos dois para fazer compras, pois eles possuem lojas de marcas conhecidas, boutiques, cafés, restaurantes e galerias de arte bem legais. As lojas costumam funcionar, em sua maioria, todos os dias da semana.

– A República Tcheca tem uma tradição enorme na produção de marionetes e as lojinhas que vendem esses artesanatos estão por toda a parte, para a alegria dos turistas que passam por ali em busca de algum souvenir típico do país.

– Sempre é interessante visitar restaurantes que servem comida típica local. Fomos ao Puškin Restaurante e provamos o Gulache ou Goulash, que tem opções de frango ou carne com legumes e molho, acompanhado de cerveja ou de um bom vinho. Outras comidas típicas tchecas que provamos em Praga foram o Schnitzel (Rízek), espécie de bife de frango à milanesa, acompanhado de fritas e salada e, ainda, almôndegas, acompanhadas de molho, pão e salada.

– Ficamos 4 noites e 5 dias em Praga, foi muito pouco mais valeu cada segundo.

Enfim, voltaríamos a Praga para fazer alguns passeios que não foi possível desta vez, como, por exemplo, o Tour da Cerveja e o Ghost Tours of Prague e para reviver alguns dos bons momentos passados nesta bela cidade.

Ao final, pegamos o voo de retorno de Praga para East Midlands, em torno de duas horas de viagem, para continuarmos nosso intercâmbio em Nottingham.

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1 COMENTÁRIO

  1. Praga,uma loucura.Realmente,deve de ser encantadora a visita.A cidade tem tanta beleza e história. Considerada “Praga Cidade das Cem Torres” Será? Quantas Torres existem?? 😉😊

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