As ViagensViena, Capital Mundial da Música Clássica

Viena, Capital Mundial da Música Clássica

Além de ser a Capital da Áustria, Viena é considerada a Capital Mundial da Música Clássica. Cidade de Mozart, Beethoven e Strauss! Cidade das valsas, das operetas e dos musicais!

Como estamos residindo em Notthingham, nosso aeroporto mais próximo chama-se East Midlands, a meia hora do centro da cidade. Basta ir à estação central de ônibus, pegar o “coach” da National Express e pagar o valor de 5 pounds.

Em maio de 2017 voamos de JET2 de East Midlands até Praga, em torno de 2 horas, com o objetivo de, posteriormente, ir a Viena de trem. Ao chegar ao aeroporto de Praga, denominado de “Václav Havel”, encontra-se os corredores com tons de vermelho. O aeroporto é muito grande e é considerado um dos mais importantes da Europa Central.

Aconselhamos a não trocar moedas no aeroporto, pois perde-se muito na conversão do câmbio. A moeda na República Checa chama-se “Coroa Checa”. O tranfer do aeroporto até o Hotel foi realizado de táxi (acertado com antecedência com o hotel), e pagamos o valor de 28 euros. Na primeira noite ficamos no Hotel La Fenice, localizado no Bairro Vinorhrady. Logo na primeira noite fomos a um barzinho tomar umas “cervejas tchecas” e valeu muito a pena. Ah! Trocamos as moedas no hotel, com câmbio muito favorável.

No outro dia pegamos um trem até Viena, pois como o vôo de retorno para Nottingham sairia de Praga, o passeio nessa cidade seria feito na volta de Viena. A estação de trem de Viena é algo cinematográfica. Em tons de vermelho e com placas de sinalização em todos os cantos, é muito fácil encontrar a plataforma onde saem os comboios. A viagem de trem entre Praga e Viena leva pouco menos de cinco horas e os trens saem da principal estação, de nome Hlavni Nadraz. Compramos o trem com antecedência via site www.cd.cz (companhia de trem tcheca). Viajamos na categoria econômica e adoramos os assentos, amplos e confortáveis, ao preço de 24 euros para cada um. Saímos de Praga às 11 horas e chegamos um pouco antes das 16 horas em Viena. Vale a pena fazer este trajeto durante o dia porque a paisagem é deslumbrante, principalmente pelo verde e a área rural.

Ao chegar a Viena, pegamos outro táxi, que andou mais ou menos 20 minutos e custou exatos 16 euros. A moeda que circula em Viena é o euro (Áustria). Ficamos hospedados no Ibis Budget Wien Messe, muito simples, por sinal. A cama pequena, colchão duro, um vaso sanitário acoplado ao chuveiro, uma TV tela plana e uma janela que mal dava para ver a rua. O café da manhã simples, enfim, não pretendemos ficar novamente hospedados em algo assim.

Compramos o nosso passe de metrô na estação próxima ao hotel. Válido por 3 dias, duração da nossa estadia na cidade. O passe era integrado, válido para metrô, trem de superfície e ônibus, custando aproximadamente 11 euros. Outra dica é ir até o Centro da cidade e comprar o ingresso junto ao Centro de Informações Turísticas (localizado próximo à Igreja São Estevão). Aliás, tanto o hotel como o Centro de Informações Turísticas oferecem mapas para se situar na cidade.

Palácio do Parlamento.

Resolvemos caminhar até o Centro Histórico e foi aquela “perneada”, levou uns 40 minutos. Sem contar que no meio do caminho resolvemos “matar a fome” com a famosa salsicha (Kasekrainer) com pão, acompanhada de uma cerveja tradicional.

A famosa salsicha vienense servida com queijo, pão e mostarda. E uma cerveja Stiegl.

O Centro Histórico de Viena é relativamente pequeno, em comparação com outras capitais, mas tem uma “finesse” que poucas capitais mundiais possuem. Viena é mais do que deslumbrante, ela é “esplendorosa”.

Palácio Imperial de Hofburg.

Em diversas partes da cidade vimos placas com esta frase “NO KANGAROOS IN AUSTRIA”. Esta frase representa o bom humor dos austríacos com relação ao trocadilho dos países ÁUSTRIA e AUSTRÁLIA. Embora a Áustria não tenha cangurus, definitivamente tem muito a oferecer. Não foi sem motivo que, em 2013, o país foi eleito em segundo lugar dentre os países do mundo com melhor qualidade de vida para se habitar.

No Kangaroos in Austria… Mas, sim, na Austrália (espírito de brincadeira na cidade).

A nossa primeira parada foi na Catedral de São Estêvão (Stephansdom), uma das catedrais mais lindas do mundo. Esta obra-prima em estilo gótico foi erguida sobre uma igreja do Século XII, da qual ainda resta parte da estrutura, em estilo românico. A construção, da forma como se vê hoje, começou a ser levantada no Século XIV. A parte da Catedral que mais chama atenção é o telhado policromático. A entrada na Catedral é gratuita. Existe a possibilidade de, através de sua estreita torre principal, a Südturm, de 137 metros, subir os seus 347 degraus e ver a cidade lá de cima (ficou para uma próxima visita).

Catedral de São Estêvão – Stephansdom.

Próximo à Catedral de São Estêvão (Stephansdom) há diversos museus importantes, mas o que chama a atenção são as charretes e os cavalos vienenses. Apreciamos ver os turistas se divertindo ao circularem pelas ruas históricas de Viena em carruagens. Um passeio perdura em torno de 40 minutos e a média de preços é de 80 euros. Ver os cavalos bem cuidados desfilando pelas ruas com os turistas já é um espetáculo. Para quem gosta de desfilar em carruagem, estilo “Rainha Elizabeth”, basta chegar a um ponto de parada das mesmas (geralmente ficam estacionadas junto aos grandes atrativos turísticos) e acertar o valor. No final da tarde, às vezes, fica pela metade do preço.

Turistas passeando de “carruagem”.

Ficamos três noites e quatro dias em Viena. Foram inúmeros os lugares que visitamos, mas destacamos os seguintes:

 

O Museu da Sissi.

Para quem não lembra, ou não tem a nossa idade, “Sissi, A Imperatriz” foi um filme que fez muito sucesso nos anos 50 e que retrata a vida da Princesa Austríaca Sissi. A atriz que fez o filme na época foi Rommy Schneider. O Museu da Sissi está localizado no Hofburg, um complexo de prédios antigos assimétricos que foram construídos ao longo do tempo, somando mais de 240 mil metros quadrados e 2,6 mil aposentos. Por 600 anos, foi a residência dos Habsburgs, soberanos austríacos que reinaram do Século XIII até o fim da monarquia, em 1918. Sissi (1837 – 1898), como era chamada a imperatriz Elizabeth da Áustria, esposa do imperador Francisco José I, foi o membro da família mais conhecida no mundo devido ao filme.

Para entrar no Museu da Sissi paga-se 9 euros. O Museu da Sissi tem duas partes: na primeira você tem a coleção de louças e prataria que compunha a vida dos Imperadores na época; e, na segunda parte, estão expostos os vestidos, as jóias e os aposentos imperiais.

Luxuosas peças do Museu da Imperatriz Sissi.

Particularmente fica-se impressionado pelo luxo em que se vivia na época. Sissi, pasmem, tinha um banheiro com vaso sanitário! Retrata uma vida muito glamorosa, porém, com detalhes psico-depressivos da mesma. Por isso que, para visitar museus, tem que se ter tempo e saber entender o contexto da história.

Viena é chamada de cidade dos museus, pois são inúmeros. Escolhemos para uma visita mais aprofundada somente o da Sissi pois, para nós, era mais interessante andar pela cidade.

Andar pela cidade e visualizar Viena em toda sua plenitude.

Ópera Estatal de Viena.

Um fato que aconteceu conosco e que se constituiu em uma agradável surpresa foi o ingresso na Ópera Estatal de Viena. Fomos até lá por curiosidade, com o objetivo de conhecer o lugar, e acabamos na bilheteria. É óbvio que não havia mais ingresso para assistir aos espetáculos de toda a temporada de verão. Então, vai a primeira dica, comprar um ingresso antecipadamente pela internet para assistir a um bom espetáculo. O ingresso mais em conta custa 12 euros e, o mais caro, na faixa de quase 200 euros. O prédio da Ópera é imponente, começou a ser construído em 1861 e terminou suas obras em 1869. Sua arquitetura segue o estilo neo-renascentista e foi a primeira obra de Viena que tinha como finalidade a apresentação de óperas.

O cenário interno da ópera é majestoso.

Sofreu bombardeamentos durante a Segunda Guerra Mundial, mas felizmente não foi todo danificado. Permaneceu em sua forma original, toda a fachada e a entrada principal, bem como a escada central (conhecida como “escada de celebração”). Uma vez por semana é possível visitá-la com guia. Bom, mas continuando a nossa aventura na Ópera, fomos comprar o ingresso e recebemos um grandioso “não”, do bilheteiro. No contexto o homem disse algo do tipo: “- Como vocês têm coragem de aparecer aqui no dia do espetáculo e achar que vão sentar na primeira fila?”… Mesmo assim pediu, educadamente, para nos retirarmos! Mas qual foi a nossa surpresa quando apareceu um cambista da Macedônia nos oferecendo um ingresso por 40 euros cada, em um ótimo lugar da Ópera. Sem pestanejar, compramos o bilhete (mesmo sabendo que, originariamente, custava 12 euros cada). Enfim, munidos de muita felicidade fomos assistir o espetáculo de ballet “Cisne Negro” acompanhado da orquestra da Ópera.

Orquestra da Ópera Estatal de Viena.

Podemos dizer que ir a Viena e não assistir um espetáculo da Ópera Estatal é a mesma coisa que ir a “Roma e não visitar o Vaticano”.

Espetáculo de Ballet “Cisne Negro”.

Sensacional! Aliás, as pessoas que vão à Ópera seguem o mesmo estilo, na sua maioria: elas com vestidos longos e eles com cartolas. E bebem champanhes no intervalo…, tudo muito chique.

A Ópera Estatal de Viena é majestosa por todos os ângulos.

Os Parques.

Um dos espetáculos à parte de Viena são seus parques. Pessoas deitadas na grama, sem compromisso e simplesmente conversando ou fazendo um lanche, é sensacional! Jovens, terceira idade, crianças e todas as “tribos” compartilham o mesmo espaço.

É verão e os Parques ficam lotados de gente bonita.

Monumento em homenagem à Mozart.

Em um dos parques o ponto de visita obrigatório é a Estátua de Mozart, com uma “clave” de flores em meio ao jardim. Como não amar uma cidade assim?

Mozart e a clave de flores.

Outro detalhe bem interessante é que muitos jovens se vestem de Mozart (Wolfgang Amadeus Mozart nasceu em 27 de janeiro de 1756 na cidade austríaca de Salzburgo) para vender os inúmeros espetáculos de música clássica que acontecem na cidade, em salas/teatros particulares.

Eu e o “Mozart” (pausa para um lanche).

Tour de ônibus pela cidade.

Para economizar tempo e conhecer toda a cidade, a maioria dos Centros Turísticos comercializa os famosos ônibus turísticos que andam pela cidade inteira levando a “turistada”. Na cidade este ônibus chama-se Vienna Sightseeing. É bem interessante porque você pode descer nos locais de maior interesse, visitar e, logo a seguir, pegar o próximo e continuar no mesmo percurso até a próxima parada, poupando tempo e diminuindo o cansaço. Nós pegamos um, mas de uma hora inteira, que deu um verdadeiro show, mostrando a parte histórica e, também, a moderna da cidade. Neste passeio descobrimos, ainda, que Hitler trabalhou como um “cleaner” em um dos hotéis famosos da cidade e, anos mais tarde (após subir ao poder), se hospedou no mesmo hotel com toda a “pompa”. Vale muito a pena, fazer o “Vienna Sightseeing”. Custou aproximadamente 25 euros por pessoa.

Vienna Sightseeng – Imperdível para quem tem pouco tempo na cidade.

Roda Gigante mais antiga da Europa

Um dos lugares mais “Cult” da cidade é visita ao Wiener Riesenrad, uma Roda Gigante muito antiga (1897) localizada fora do Centro Histórico de Viena, dentro de um Parque de Diversões (Prater).

O Wiener Riesenrad – A Roda Gigante mais antiga da Europa.

O atrativo foi construído para celebrar o Jubileu de Ouro do imperador Franz Joseph I. Foi utilizada como cenário no filme “O terceiro homem”, estrelado por Orson Welles e é considerada a roda gigante mais antiga da Europa. Tem 65 metros, a cabine é muito antiga e cabe em torno de 8 pessoas. Tem-se uma vista bem interessante da cidade. A entrada na roda gigante custa € 9,50 (adultos). No próprio parque é possível aproveitar outros brinquedos, como o “Trem Fantasma”, com diversos motivos.

A roda gigante tem 65 metros e uma vista linda.

Mercado Público de Viena.

Um lugar muito legal de se visitar é o Mercado Público, que tem o nome de “Naschmarkt” e é o mais tradicional e famoso de Viena. Como qualquer mercado público do mundo, vende-se de tudo, roupas, frutas, verduras, frutas cristalizadas, balas, castanhas, queijos, azeitonas, chás, doces de várias partes da Áustria. O local possui restaurantes econômicos e até muito caros que servem lagosta e caviar acompanhado de um bom champanhe. Vale a pena visitar e dar uma degustada nas frutas cristalizadas. Foi lá que encontramos um feirante, que após saber que éramos brasileiros, queria saber se o médium “João de Deus”, de Goiás, curava câncer. Que pergunta difícil de responder!

“Naschmarkt” é o mais tradicional mercado público.

Com relação a comidas, tem barraquinhas espalhadas por toda a cidade que vendem os diversos tipos de comida típica a preços razoáveis: Kasekrainer, Sachertorle, Schinitzel, Tafelpitz. Enfim, os nomes são difíceis de pronunciar, mas a comida é muito saborosa. Não curtimos carne vermelha, mas deu para provar alguns pratos.

Um prato econômico e delicioso (espetinho de frango) com vinho branco.

Hotel Sacher.

O que realmente nos fez andar alguns quarteirões foi para comer a famosa “Torta de Viena”, a Torta Sacher  que foi criada em 1832 especialmente para o príncipe austríaco Clemens Lothar Wensel Metternich. A torta legítima é servida no Hotel Sacher, um distinto localizado na frente da Ópera Estatal de Viena.

Torta de Sacher servida com chá preto.

Tem fila para comer a famosa torta com chá, o lugar é clássico e muito chique. A torta é muito gostosa e vem acompanhada de creme e um chá da sua escolha. O lugar realmente vale a pena e a torta também. Encontramos alguns brasileiros no local.

Impressões que ficaram de Viena.

Realmente você entra no espírito musical da cidade. Pois a cada momento são oferecidos convites para espetáculos de ballet e orquestra.

Não pudemos ver a apresentação (show) da cavalaria espanhola. Mesmo para o treino tem que adquirir o ingresso pela internet.  O nome do espetáculo é Spaniche Hofreitschule. Gostaríamos de ter ido, mas fica a dica, compre pela internet.

Entramos por pouco tempo em Albertina, mas para quem curte pintura tem como conhecer algumas das maiores obras-primas do mundo que vão do período gótico até os dias atuais. É uma das maiores coleções de reproduções de obras de arte originais do mundo.

Escadaria de Albertina.

A coleção principal explora a mudança de estilos durante um período de 130 anos, que inclui tanto Monet quanto Picasso, além de conter trabalhos mais modernos de Warhol, Klimt e outros.

Uma das pinturas mais famosas de Viena é O Beijo, de Gustav Klimt (1862-1918). Não tivemos a oportunidade de visitar a obra, mas é possível adquirir artesanatos tais como: camisetas, canecos e outros similares com esta pintura. Para quem tiver mais tempo, a obra esta localizada no Palácio de Belvedere.

Um dos melhores metrôs da Europa é o de Viena. Além de limpo, as estações são práticas e deixam ao lado dos maiores atrativos turísticos da cidade. Vale a pena comprar o passe. Sugerimos, também, pegar o “tram” (trem de superfície) e dar uma visualizada na cidade.

“Tram” de superfície. Um passeio imperdível pela cidade.

Nos dias que passamos por Viena preferimos visitar a cidade a pé, passamos na frente de diversos museus, palácios e prédios antigos, destacando: Museu Quartier, Palácio de Schonbrrunn, Palácio de Hofburg, Staatoper entre outros. As ruas de Viena são uma atração à parte e vale a pena “caminhar, caminhar” sem parar, pois além de ser uma cidade limpa, movimentada e agradável, as ruas são planas.

Rio Danúbio e seus barcos de passeio. Imperdível.

Em termos de lanche gostoso no “Leberkas Pepi” tem um sanduíche recheado de carne de porco, muito bom, que custa na média de 13 euros para 2 pessoas com 2 chops.

Típico sanduíche de carne de porco, acompanhado de cerveja.

Você chega à lanchonete escolhe o tipo de carne de porco que mais lhe agrada e a mesma é servida tipo “sanduíche”, acompanhada de um belo copo de cerveja. Muito saboroso.

Os austríacos são muito bem educados e a língua que se fala por lá é o alemão. Portanto, quem fala inglês se comunica muito bem nas ruas, pois a maioria da população tem o inglês como a segunda língua.

Enfim, voltaríamos a Viena, inúmeras vezes. Para simplesmente passar uma semana, visitando os museus. São inúmeros tais como: Unrenmuseum (dedicado aos relógios), Bestattungsmuseum (dedicados aos funerais), Schnapsmuseum (dedicado à cachaça!!) e muitos outros com temas muito originais.

Por fim, pegamos o trem de Viena para Praga, em torno de 5 horas de viagem, para continuarmos a visita na Capital da República Tcheca.

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